domingo, 18 de março de 2012

Desafio da Anita Dia 17 - Frase/Poema


"Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo ao ponto de nem sentir as minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava da minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites a chorar até chegar o sono, já fui dormir tão feliz ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amavam.
Já passei horas me frente ao espelho a tentar descobrir quem sou, já tive tantas certezas de mim ao ponto de querer desaparecer.
Já menti e arrependi-me por isso, já falei verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava para depois chorar no meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar naquelas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já parti pratos, copos e vasos de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando devia calar, já calei quando devia gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para agradar  outros.
Já contei piadas sem graça só para ver um amigo sorrir.
Já inventei histórias com finais felizes para dar esperança a alguém que precisava.
Já sonhei demais ao ponto de confundir com a realidade.
Já tive medo do escuro, hoje no escuro sinto-me bem.
Já caí inúmeras vezes a pensar que não me iria levantar, já me levantei outras tantas a pensar que não voltaria a cair.
Já corri atrás de um carro por ele levar quem eu amava.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não o eram, algumas pessoas nunca chamei nada e sempre foram e serão especiais.
Não me deem fórmulas, porque eu não as vou resolver.
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque eu sou diferente.
Não sei amar pela metade, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas sei que não serei sempre a mesma.
Gosto dos venenos lentos, das bebidas amargas, das ideias mais parvas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Tu podes-me até empurrar de um penhasco, que eu vou olhar para ti e dizer "E ENTÃO? EU ADORO VOAR!"





Sem comentários:

Enviar um comentário

Se por acaso ao ler este blogue apanhou um choque, não se preocupe, deixe um comentário e isso passa.